78. O português (não) veio do latim: um problema filológico

Autores

  • SOUZA, Adílio Junior de (UFPE)

Resumo

     Este estudo discorre sobre as noções de línguas vivas e mortas a partir do que estabeleceram D. Francisco de S. Luiz Saraiva (1837) e Francisco António de Campos (1843) ainda no século XIX. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter filológico, em que se admite a classificação de línguas em vivas, mortas e extintas (COUTINHO, 1981). O estudo aborda dois problemas fundamentais: a defesa que muitos fazem de que a origem do português está ligada ao galego e não ao latim vulgar. Entre os autores, citemos Bagno (2010) e Lagares (2008). Para eles, o português se originou do galego, já este é que veio de uma variedade românica do latim vulgar formada na península Ibérica. Diferentemente do que defendem: Diez (1863), Said Ali (1921), Vasconcellos (1911), Coutinho (1981), Ilari (2018) e Bassetto (2005), que admitem que a base da formação do português é o próprio sermo vulgaris. Há uma relação explícita entre a perspectiva de Bagno e Lagarese a tese defendida por Saraiva (1837). Por outro lado, a posição dos demais autores segue a tese de Campos (1843). Desse embate, mantemos a defesa de que as línguas românicas derivaram do latim corrente que se espalhou pelo vasto Império Romano.

Palavras-chave:

Filologia. Latim. História da Língua Portuguesa.

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Publicado

02-06-2021

Edição

Seção

Artigos