12. O pretoguês e a ancestralidade africana no Brasil: uma análise de “Canto II”, da obra “O canto dos escravos”

Autores

  • SILVA, Andressa Queiroz da (UFAC)
  • APONTES, Selmo Azevedo (UFAC)

Resumo

     Este texto objetiva reunir dados intra e extralinguísticos para mostrar os rastros/resíduos ou ainda o elo entre as culturas negra brasileira e africana trazida para o país através da diáspora. Utilizaremos a música Canto II da obra “O Canto dos Escravos” (1982), interpretada por Clementina de Jesus. O aporte teórico-metodológico para leitura dos fatores extralinguísticos, são: a) aspectos demográficos, b) mobilidade populacional no Brasil, c) escolarização e d) as reconfigurações socioculturais no Brasil (século XIX). A base teórica para a reflexão será de: Lelia Gonzales (1988), Peter (2015), Silva (2015), Hall (2016), Mattos (2012), Bonvini (2008), Romão (2005), Lopes (2003), Eltermann (2015), Sampaio (2008), Azevedo (2016), entre outros. Como resultado, verificou-se que os cantos dos escravos – vissungos – podem ser vistos como uma forma de se conectar com o passado, uma forma de perpetuação de tradição e de transmissão de memórias, rastros/resíduos de um elemento identitário que foi ressignificado por escravizados e seus descendentes em território brasileiro. Dessa forma, é um registro também linguístico do pretoguês como uma das marcas da identidade brasileira que se tentou apagar através da lusitanização da fala do Brasil.

Palavras-chave:

Pretoguês. Vissungos. Canto dos Escravos.

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Publicado

19-12-2020

Edição

Seção

Artigos