47. O papel do paratexto no estudo da dinâmica toponímica

Autores

  • SANTIAGO, Iago Gusmão (UEFS)
  • BARREIROS, Liliane Lemos Santana (UEFS)

Resumo

     O presente trabalho trata-se de um estudo da dinâmica toponímica realizada a partir dos textos de Eulálio Motta, publicados em cinco periódicos baianos, Mundo Novo, O Lidador, O Serrinhense, Vanguarda e Gazeta do Povo, entre os anos de 1931 e 1961. Os jornais, na condição de suportes multitextuais, sempre apresentam um texto na companhia de uma diversidade de outros textos com temáticas e autores distintos. Esses paratextos são extremamente interessantes tanto do ponto de vista filológico, pois auxiliam na compreensão de aspectos sociológicos do texto editado, quanto do ponto de vista linguístico, já que possibilitam a análise linguística contrastiva. Assim, discute-se sobre aspectos da variação e da mudança toponímica, tomando como base os textos do escritor Eulálio Motta, por meio do contraste com dados documentados em outros textos também publicados nos periódicos e dados oficiais apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A discussão está fundamentada na teoria do paratexto (GENETTE, 1989 [1962]; 2009 [1987]; ALVARADO, 1994), nos estudos toponímicos (DICK, 1990; 1992; TRAPERO, 1995), entre outros. A análise realizada permitiu discutir dados oficiais apresentados pelo IBGE (1968), bem como um processo de variação toponímica documentado na década 1950 no jornal O Serrinhense.

Palavras-chave:

Paratexto. Toponímia. Eulálio Motta.

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Publicado

20-06-2020

Edição

Seção

Artigos