12. Para uma análise contrastiva da articulação das vogais do português europeu e do português falado em Luanda

Autores

  • CAMBOLO, Scoth Manuel Piango (UniLuanda)
  • OSÓRIO, Paulo (UBI-Pt)

Resumo

     Partindo-se do enquadramento teórico defendido em Miguel (2019; 2022), este artigo pretende levar a cabo uma análise contrastiva entre o português europeu (PE) e o português falado em Luanda (PFL), no que respeita à articulação das vogais. De notar, contudo, que, em Luanda, o português é a língua materna da maior parte da população, pois o kimbundu está a perder um número significativo de falantes, em virtude de um cada vez menor uso desta língua por parte da população. Esta tendência é, naturalmente, marcada por razões sociolinguísticas e por motivos de diglossia linguística. Os usos do PFL aqui registados e comentados provêm da aplicação de um inquérito (escrito e oral), no qual constam palavras, com duas propostas de pronúncia, uma luandense e outra, obviamente, europeia, aplicado em Luanda aos estudantes da Universidade Metodista de Angola (curso de Língua Portuguesa e Comunicação) e aos alunos do Seminário Arquidiocesano do Sagrado Coração de Jesus (curso de Filosofia). Assim, neste estudo, pretendemos equacionar os contrastes ao nível da articulação das vogais, sendo que a grande dificuldade dos falantes de Luanda reside maioritariamente na articulação das vogais <e> e <o>, quando estas ocorrem em posição medial átona.

Palavras-chave:

Articulação das vogais. Português falado em Luanda. Interferências vocálicas na escrita.

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Publicado

05-12-2022

Edição

Seção

Artigos