39. Da oralidade à escrita: reflexões pantaneiras

Autores

  • RONDON, Maria Paulina Garcia (UEMS)
  • COSTA, Natalina Sierra Assêncio (UEMS)
  • MONGELOS, Rosa Maria Gonçalves (UEMS)

Resumo

     Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre o ensino da Língua Portuguesa ao viés da teoria da Sociolinguística, no processo de interação e diversidade, voltada para combater o preconceito linguístico quando se trata de variação linguística  nas escolas públicas de Ensino Fundamental  em regiões de fronteira de MS: Porto Murtinho e Corumbá. A comunidade escolar fronteiriça, alunos paraguaios e bolivianos, encontra muita dificuldade ao adentrar em um novo espaço de enunciação em que uma nova língua se faz presente: a língua portuguesa, falada e ensinada nas escolas do Brasil. Os dialetos se fazem presente no dia a dia desses estudantes imigrantes e ignorar esse fato é uma ação preconceituosa e torná-los invisíveis dentro de um ambiente de inclusão. Refletir também sobre os aspectos históricos, sociais e linguísticos que fazem parte do processo de identificação do sujeito brasileiro e imigrante. O estudo dos PCNs foi também a base como instrumento de apoio para as pesquisas e planejamento da prática educativa. Este texto representa a análise da produção escrita de dois alunos fronteiriços do Paraguai e Bolívia. Busca–se destacar, em um dos textos, as marcas de bilinguismo português/espanhol e, no outro, a SVC marcas do multilinguismo português/espanhol/guarani. As análises realizadas revelam a existência de conflitos linguísticos manifestados no registro dos processos psicológico e cognitivo dos educandos ao utilizar os códigos linguísticos, misturando-os. Considerações teóricas sobre interferências/transferências e inferências linguísticas serviram de suporte para análise dos textos produzidos pelos alunos.

Palavras-chave:

Diversidade. Ensino. Comunidade fronteiriça.

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Publicado

05-01-2023

Edição

Seção

Artigos