64. Língua Brasileira de Sinais, extensão universitária e acessibilidade comunicativa no Ensino Superior: proposta de inclusão e valorização da cultura surda

Autores

  • SILVA, Cristiana Barcelos da (UEMG)
  • SOUZA, Adriana Barbosa de (UEMG)
  • SILVA, Alini Ribeiro Nogueira (UEMG)

Resumo

     Parte-se do pressuposto que a ausência de um sentido não deve impossibilitar a comunicação, uma vez que os recursos e possibilidades humanas são inúmeros. Por isso, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem sido pauta de discussões nos processos de formação de diferente profissionais. Para tanto, descrever metodologias com vistas a aprimorar e reinventar modos de (re)fazer o ensino da Libras vem sido tema recorrente nas pesquisas que se valem em dedicar atenção a essa língua, uma vez que além de ser oferecida nos currículos dos cursos de fonoaudiologia e licenciaturas, ela ganhou espaço como conhecimento substancial na sociedade brasileira (BRASIL, 2022). Desse modo, o projeto desenvolvido na Universidade do Estado de Minas Gerias- unidade Carangola busca oferecer a comunidade externa conhecimentos básicos da estrutura da Libras, assim como as informações práticas e necessárias para se comunicar com as pessoas surdas, usuárias da língua. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa ação onde tanto pesquisadores, quanto extensionistas participam do processo de ensino da Libras. Quando a execução da proposta, seguiu etapas pré-estabelecidas que consistiram na: i) Divulgação do projeto junto ao comércio local; ii) Divulgação do projeto juntos às instituições da saúde; iii) Divulgação do projeto juntos às repartições públicas da administração local; iv) Elaboração de cronograma e organização de encontros semanais com a coordenação do projeto, o estudante bolsista e as pessoas selecionados para participarem do projeto; v) Participação de atividades semanais presenciais – oficinas, dinâmicas, rodas de conversa, visitas aos espaços eventualmente frequentado por pessoas surdas; e vi) Participação de atividades remotas de aproximação e aprendizagem da Libras. Constam ainda como atividades a serem realizadas a: vii) Avaliação do projeto pelos envolvidos; e viii) Escrita e envio de relatório de extensão a pró-reitora da universidade. Interessante ressaltar que mesmo não constando no rol de atividades organizou-se um evento na instituição para marcar, na unidade, o “Setembro Azul” que contou com a participação dos extensionistas, da comunidade surda da região e acadêmicos da unidade, perfazendo um total de aproximadamente 150 inscritos. Conclui-se parcialmente, a necessidade, importância e predisposição dos carangolenses em divulgar, aprender e se apropriar da Libras enquanto forma de valorização e ampliação das possibilidades comunicativas junto à comunidade surda.

Palavras-chave:

Acessibilidade. Libras. Extensão Universitária.

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Publicado

05-01-2023

Edição

Seção

Artigos