89. Performance, discurso e arte indígena: Uýra Sodoma, a árvore que anda no ciberespaço

Autores

  • SILVA, Léo Daniel da Conceição (UNITINS)
  • SOCIO, Luama (UNITINS)

Resumo

     Considerando o contexto da atualidade, em que predominam as trocas de informação e compartilhamento de problemas em escala mundializada, observamos que os povos originários, através da internet, colocam suas obras artísticas e mensagens em conexão com a condição humana universal em suas dimensões urbana e global. Nesse sentido, os artistas indígenas dialogam com estéticas nascidas nos grandes centros urbanos, apropriando-se de seus estilos e, ao mesmo tempo, comunicando sua visão de mundo específica. Nosso objetivo é apresentar análise e reflexão crítica sobre as dimensões formais e temáticas da arte performática do artista indígena Emerson Pontes Munduruku, que dá vida à drag queen Uýra Sodoma, A árvore que anda. Nossa pesquisa é de caráter bibliográfico e a análise é embasada pelos pensamentos teóricos críticos de Ailton Krenak (2019), Darcy Ribeiro (1995) e Viveiros de Castro (2002) quanto às questões dos povos originários; Pierre Lévy (1999) com relação às questões de comunicação e cibercultura; Roselee Goldberg (2006), Renato Cohen (2002) e Philip Auslander (2019), com relação ao conceito de performance associada a elementos do discurso e da questão da identidade. Para a análise das imagens utiliza-se a teoria poética de Bachelard, a noção de contexto de Bakhtin e os princípios do alfabetismo visual de Donis. A. Dondis (2003). O corpus do trabalho consiste num recorte da obra performática de Uýra Sodoma, personagem criada pelo indígena Emerson Pontes Munduruku.

Palavras-chave:

Performance. Povos indígenas. Uýra Sodoma.

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Publicado

05-01-2023

Edição

Seção

Artigos