92. Por que (não) ler os clássicos: como (não) formar leitores no Ensino Médio

Autores

  • BITTENCOURT, Roberto Nunes (UniSignorelli)

Resumo

     As iniciativas de formação de leitores no Ensino Médio são sempre muitoheterogêneas, algumas com práticas tradicionais e outras com inovações no plano conteudístico. Entretanto, a indisponibilidade de recursos em algumas escolas e até o perfil do professor de Língua Portuguesa e de Literaturas interpõem como alguns entraves nesse contexto, além de muitos outros dilemas que permeiam o processo de incentivo à leitura em adolescentes e jovens. Diante de uma sociedade que atravessa uma fase ultratecnológica, com tanto conteúdo transmídia, a leitura de obras literárias, tanto as impressas quanto as digitais, se manifesta como um percalço de ordem cultural. Soma-se a isso um outro problema difícil de ser contornado diante desses estudantes de uma geração conectada: que obras devem ser usadas para as atividades iniciáticas desse público ao universo dos livros e da leitura? É muito comum se fazer referência em material didático aos clássicos. Por conseguinte, uma quase totalidade de professores, não somente da área de Linguagens, acredita que esse é o percurso mais acertado e significativo. Desse modo, algumas questões emergem em torno dessa prática tão disseminada que precisamos examinar de maneira detida. Além disso, é preciso estabelecer alguns conceitos fundamentais, a exemplo do que pode ser considerado um clássico e qual a estratégia mais promissora a ser operacionalizada nessa tentativa de ler Literatura no Ensino Médio.

Palavras-chave:

BNCC. Literatura. Ensino Médio.

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Publicado

05-01-2023

Edição

Seção

Artigos