220. Uma análise da adaptação de “E não sobrou nenhum”, de Agatha Christie para a televisão

Autores

  • TRINDADE, Luis Felipe Leite (UEMS)
  • BOTOSO, Altamir (UEMS)

Resumo

     Agatha Christie conquistou o mundo com seus diversos romances policiais, produzindo obras por um período ininterrupto de 55 anos. Dentre seus livros, “E não sobrou nenhum” é seu maior best-seller de ficção policial, pois essa obra aparece em diversas listagens sendo considerada como um dos melhores livros policiais escritos por essa autora inglesa e também do gênero policial. A genialidade de Christie na construção desse livro supera os padrões exigidos por este gênero literário, uma vez que, até hoje, fascina e prende a atenção de leitores de todo o mundo. Em 2016, homenageando a “Rainha do Crime”, no seu aniversário póstumo de 40 anos, a rede de televisão BBC contemplou o livro “E não sobrou nenhum” com uma adaptação para microssérie com três capítulos, tornando-se uma das realizações televisivas mais aclamadas pela crítica, no ano de sua exibição. Levando em conta os fatos apontados, o objetivo do presente artigo é analisar a construção e adaptação da narrativa do meio literário para o audiovisual, partindo do pressuposto de que ambos textos, literário e imagético – embora divergentes – dialogam entre si, mantendo estreitas relações intertextuais, as quais serão exploradas em nossa análise. Como suporte teórico, pautar-nos-emos nos textos críticos de Chauvin (2017), Feinman (1975), Todorov (2006), James (2012),Stam (2006), Menegheti (2014), dentre outros. Em síntese, pode-se perceber que a adaptação exige uma série de estratégias e alterações para o formato televisivo, pela supressão ou pelo acréscimo de elementos, para se adequar ao veículo para o qual a obra literária foi transposta.

Palavras-chave:

Adaptação. Microssérie. Romance Policial.

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Publicado

06-01-2020

Edição

Seção

Artigos