216. Um leitor de almas nas teias da história cultural, da literatura e do jornalismo: uma análise do discurso no romance jornalístico de Fernando Molica

Autores

  • LIMA, Lilian Castelo Branco de (UEMASUL)
  • LEÃO, Dione do Socorro de Souza (UEMASUL)
  • ALMEIDA, Wemylla de Jesus (UEMASUL)

Resumo

     Neste texto, temos o intuito de passear teoricamente por um mundo de hiatos e controvérsias, as veredas da História, da Literatura e do Jornalismo, juntos, dando suporte ao estudo da obra “O homem que morreu três vezes: uma reportagem sobre o „Chacal brasileiro‟”, do jornalista e romancista Fernando Molica. A qual entendemos como uma obra de singular sensibilidade pela escrita das histórias de uma alma que incita o leitor a enveredar-se pela história tão bem retratada no discurso literário de Molica. Para esse debate histórico-jornalístico-literário lançamos mão das idéias de pensadores da História como Hayden White, Roger Chartier e principalmente, Sandra Pesavento, historiadora brasileira pesquisadora da sensibilidade e da subjetividade que fazem parte do fazer histórico em diálogo com a Literatura, como reflete Queiroz (2008). Assim, a partir da análise do discurso (BAKHTIN, 2006; MAINGUENEAU, 2004; ORLANDI, 2007) o que se observou é que há uma intenção clara do autor no entrelaçamento dos discursos histórico, jornalístico e literário, para a feitura desse romance historiográfico. Para afirmarmos isso levamos em conta o próprio “Perera” e suas inacreditáveis peripécias que mais parecem pertencerem ao enredo hollywoodiano de filme de suspense e a linguagem utilizada por Molica que se vale de estratégias tropológicas tornando seu discurso metafórico e instigante.

Palavras-chave:

História. Literatura. Análise do Discurso.

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Publicado

06-01-2020

Edição

Seção

Artigos