163. O percurso do(s) sentido(s) em “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector

Autores

  • SILVA, Dagmar Vieira Nogueira (UFMS)

Resumo

     Compreender e decifrar o sentido de um texto vai além de sua leitura e da intepretação das escolhas linguísticas apresentadas pelo enunciador na composição textual. É necessário atentar-se para os detalhes e as relações sintático-semânticas contempladas por essas escolhas em níveis de análise distintos. Dessa forma, neste artigo, busca-se verificar, à luz da teoria da semiótica discursiva, como o modelo do percurso gerativo contribui para a construção do sentido, revelando as estratégias discursivas envolvidas nas composições dos conteúdos temáticos e figurativos dos atores, espaços e tempos. Diante dessa perspectiva, objetiva-se, no presente estudo, realizar uma análise do texto, examinando os três níveis mensurados pelo percurso gerativo – fundamental, narrativo e discursivo, e observando-o sob diferentes aspectos internos e externos, desde as estruturas profundas até as superficiais. O suporte textual eleito para essa imbricação entre a semiótica e a literatura é o conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector (1998). Como fundamentação teórica, buscam-se esclarecimentos nas obras de Bertrand (2003), Greimas (2002), Benveniste (1989), Nunes (1995), Barros (1990; 2002), entre outros autores, precursores e contemporâneos dessa ciência da linguagem.

Palavras-chave:

Conto. Semiótica. Sentido.

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Publicado

06-01-2020

Edição

Seção

Artigos