97. Dualidade do ser feminino em “Memórias póstumas de Brás Cubas

Autores

  • CALIXTO, Késia da Silva (UFT)
  • ROCHA, Katia Carvalho da Silva (UFT)

Resumo

     O trabalho a seguir objetiva fazer uma análise da presença do ser feminino na obra “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, livro que inicia o período realista em terras brasilenses. É notório que com o tempo, especialmente na transição da estética Romancista para a estética Realista, as mulheres passaram a ganhar maior destaque na literatura. Entretanto, percebe-se que essas vozes femininas presentes nos textos, muito provavelmente, por serem escritas por homens, acabam sendo estereotipadas, problemáticas e sobretudo, machistas.Como Madame Bovary, que não tinha autodomínio, era materialista e enfim, morre de maneira muito trágica. Em “Memórias póstumas de Brás Cubas”, a dicotomia entre desconstrução / estereotipação é percebida especialmente em quatro personagens: Marcela, Eugénia, Virgília e Eulália (Nhá-Loló). As mesmas são trabalhadas como independentes, espertas, ao mesmo tempo que dissimuladas e interesseiras. Dessa forma, pretende-se, por intermédio dessa análise, questionar a presença feminina no referido romance machadiano, procurando perceber a dualidade na construção da mesma.

Palavras-chave:

Feminino. Realismo. Brás Cubas.

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Publicado

06-01-2020

Edição

Seção

Artigos