53. “Honde he o contrahente natural emorador”: emprego do h em assentos de casamentos do século XVIII

Autores

  • ASSIS, Lécio Barbosa de (UESB)
  • SILVA, Jorge Augusto Alves da (UESB)
  • PACHECO, Vera (UESB)

Resumo

     Neste trabalho, apresentamos o uso do h em assentos de casamentos do Livro nº 1 (1719–1753) da Freguesia de Santo Antônio do Urubu de baixo do Rio de São Francisco. Partindo de um estudo filológico e paleográfico, buscamos descrever as situações para o emprego do h e a variação constante entre a presença e ausência do seu uso no corpus analisado para testar a hipótese de que os scriptores eram influenciados pela oralidade e pelo princípio etimológico, refletindo a admiração pela corrente Renascentista em voga na época. No tocante à análise filológica do corpus, consultamos obras produzidas no século XVIII (BLUTEAU, 1728; MADUREIRA FEIJÓ, 1734), além de recorrer à Paleografia (SPINA, 1977; CAMBRAIA, 2005; BERWANGER; LEAL, 2008) para a leitura e transcrição do manuscrito. Quanto à metodologia, foram adotados os seguintes passos: (i) leitura da reprodução fac-símile e em seguida, transcrição do manuscrito de acordo com a orientação de Spina (1994) e Cambraia (2005); (ii) foram sistematizados os vocábulos com o emprego do h e suas variações com o auxílio da ferramenta computacional AntConc (2011) e (iii)  a consulta e comparação das grafias e etimologias em obras de referência, para verificar se as grafias encontradas no documento correspondiam com as descrições apresentadas pelas obras.

Palavras-chave:

Filologia. Uso do h. Assentos de casamentos.

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Publicado

02-06-2021

Edição

Seção

Artigos