61. Morfossintaxe, pragmática e imanência: experimentações gramaticais a partir de variantes menores e mutantes

Autores

  • OLIVEIRA, Luiz Roberto Peel Furtado de (UFNT)

Resumo

     Este trabalho parte do pressuposto de que estudos da morfossintaxe da língua portuguesa têm sido pouco profícuos, em relação à produção textual das crianças e dos adolescentes, por não traçarem rizomas com estudos pragmáticos e por deixarem de considerar as abordagens imanentes a partir da produção textual dos aprendizes. Como consequência, os professores não têm conseguido estabelecer afetos entre alunos e criação textual. Na mesma direção, os estudos linguístico-gramaticais que se aliam à problemática do ensino, tanto na vertente dedutiva quanto na indutiva, têm deixado de lado a imanência das variantes menores e mutantes em suas expressões intuitivas e transdutivas. Neste pequeno texto, propomos a imanência transdutiva como experimentação necessária e produtiva dos enunciados de línguas menores que, por transmutação alagmática, ajudar-nos-ão na compreensão e na vivência dos processos de subjetivação – intuição, percepção e criação. Para tanto, o referencial teórico desta experimentação, no tocante aos procedimentos filosóficos, fundamenta-se nos trabalhos de Henri Bergson, Gilbert Simondon, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault e Silvia Tedesco; no que se refere aos procedimentos linguístico-gramaticais, nos trabalhos de Priscila Costa, Rosélia Silva, Lilia Lobo, Roberta Oliveira, Sandra Quarezemin e Luiz Peel. As gramáticas, quando alagmáticas e transdutivas, são metamorfoses de desejos, de afetos, de signos e de morfossintaxes; sendo assim, somente com transduções oriundas de intuições afetuosas de línguas menores, é que teremos vivências saudáveis e frutíferas que revelem criatividade e consciência linguístico-gramatical plural.

Palavras-chave:

Gramáticas. Morfossintaxe. Rizomas.

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Publicado

02-06-2021

Edição

Seção

Artigos