04. Alteração na linguagem em pessoas idosas com doença de alzheimer

Autores

  • CARDOSO, Elisângela Andrade Moreira (UESB)
  • ROBERTO, Maria Eduarda Silva Gomes (UESB)
  • SAMPAIO, Nirvana Ferraz Santos (UESB)

Resumo

     Estudos apontam a inexistência de um marcador biológico para a Doença de Alzheimer (DA), doença cerebral, até então de caráter progressivo e incurável, que compromete as funções corticais, afetando a memória, o raciocínio, a orientação espaço-temporal, a compreensão, a linguagem e a aprendizagem. Este trabalho visa apontar algumas considerações sobre a linguagem na DA, enfatizando alterações, perspectivas e alternativas, atribuídas por um sujeito com DA em processos interativo-discursivos, que permitem uso avaliativo de sinonímia, cooptação semântica e articulação de expressões, como formas alternativas de significação. Com metodologia qualitativa, apoiada na Neurolinguística Enunciativo-Discursiva, a pesquisa foi realizada com um idoso, identificado como BA, sem escolaridade, com diagnóstico de DA, residente em uma Instituição de Longa Permanência, em Vitória da Conquista - Bahia, Brasil. Constatou-se que, apesar de entender o enunciado, BA apresenta comprometimento parcial de linguagem, usa sinônimos e recorre a canções ouvidas na juventude, como recursos alternativos de fuga para o que ele não sabe responder ou para ganhar tempo até obter uma resposta na conversa para se fazer entender.

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Publicado

10-07-2023

Edição

Seção

Artigos