203. Percepção de nasalidade das vogais /aN/, /iN/ e uN/ do português brasileiro, seguidas de consoantes oclusivas: resultado de testes de identificação

Autores

  • SOUZA, Maria das Graças Amaral de (UESB)
  • PACHECO, Vera (UESB)
  • OLIVEIRA, Marian dos Santos (UESB)

Resumo

     Este trabalho teve como objetivo investigar qual porção da vogal é responsável por desencadear o processo de percepção da nasalidade vocálica. Além disso, objetiva avaliar a interferência da consoante subsequente nesse processo. Para isso, foi gravado um sinal acústico com corpus composto de palavras com estrutura silábica CVC.CV, nas quais as vogais /aN/, /iN/ e /uN/ ocupam núcleo silábico da primeira sílaba, e a posição de onset da segunda sílaba foi ocupada por consoantes oclusivas. Posteriormente, esse sinal foi manipulado, as vogais nasais /aN/, /iN/ e /uN/ foram divididas em três porções: inicial, medial e final. Os resultados mostraram que a divisão da vogal em três partes altera ou não a percepção da nasalidade dependendo da consoante que a segue, reforçando ainda mais a complexibilidade do fenômeno. Seguida de oclusiva, a vogal /aN/ nas três porções não apresentou perda de nasalidade. Com a vogal /iN/ a perceptibilidade da nasal não foi recuperada em nenhuma das três porções quando seguida de oclusiva bilabial surda. A vogal /uN/ nas três porções em que foi dividida, quando seguida de oclusivas velar, alveolar e bilabial sonoras, foi percebida com recuperação da nasalidade.

Palavras-chave:

Consoantes oclusivas. Vogais nasais. Percepção da fala.

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Publicado

29-12-2020

Edição

Seção

Artigos