185. O texto ficcional e os mundos imaginários
Resumo
Com o objetivo de apresentar o desenvolvimento da literatura fantástica, o presente estudo bibliográfico esboça um traço teórico e crítico, de forma breve, do gênero em discussão, mostrando, inicialmente, alguns autores e obras que se fortaleceram como precursores do fantástico. Autores como Vladimir Propp, Lewis Carroll, Joseph Rudyard Kipling, C. S. Lewis, entre outros. A literatura para a criança trabalha com a imaginação, mas nem sempre com a fantasia, compreendida como lidar de modo criativo sobre esta. É significativo expor também o quão relevante é a literatura ficcional, quando se está formando um leitor. Ernani Terra (1951), que desenvolve pesquisas sobre leitura do texto literário e sobre estudos de linguagem para ensino de Português, acredita que “quando se lê, não se toma conhecimento apenas de conteúdo, aumentando o saber relativamente a coisas e pessoas, aprende-se também como expressar melhor esses conteúdos por meio de palavras” (TERRA, 2018, p.35). Partindo desse pressuposto, o artigo desenvolve um estudo sobre a literatura moderna demonstrada pelos livros ilustrados e busca firmar critérios para uma leitura da fantasia na construção de um caminho como escritor e leitor literário. Um outro elemento, que comporá objeto de interesse deste trabalho, foi algumas características citadas do gênero fantástico a partir do século XX, uma vez que antes sua finalidade era provocar pânico no leitor.