181. O processo de desterritorialização do memes enquanto gênero textual: entrelaçamentos

Autores

  • LIMA, Rafaela Sepulveda Aleixo (UENF)
  • BARROS, Aline das Graças Monteiro Miranda (UENF)
  • WAGNER, Yasmim da Fonseca (UENF)

Resumo

     As redes sociais digitais provocaram profundas mudanças na forma como a sociedade ressignifica a cultura (cibercultura), seus espaços (ciberespaços) e seus discursos (LÉVY, 2010). A noção de territorialidade (DELEUZE; GUATARRI, 1992) já não está mais associada à materialidade do espaço físico. O objetivo dessa pesquisa é, portanto, analisar os processos de desterritorialização e reterritorialização dos memes enquanto nova forma de textualidade. Através de uma pesquisa de cunho bibliográfico os memes são definidos como um gênero textual Bakhtin (1997 [1979]; KOCK, 2003) e são tipologicamente classificados (RECUERO, 2007). Analise-se também a heterogeneidade dos memes virtuais (AUTHIER-REVUZ, 1990), que que, devido à sua volatidade, desterritorializam-se (perdendo suas características fundantes) reterritorializando sua matriz de sentidos culturais e linguísticas. A fim de realizar uma análise qualitativa, o corpus selecionado para essa pesquisa foram memes retirados da página “Artes Depressão” (Facebook). Da perspectiva do multiletramento (BNCC, 2017) trabalhar os memes enquanto gênero textual implica ensinar interdisciplinarmente trazendo uma perspectiva de letramento crítico ao aluno de modo a inseri-lo em ciberespaços, culturalmente e linguisticamente plurais.

Palavras-chave:

Desterritorialização. Memes. Multiletramento.

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Publicado

29-12-2020

Edição

Seção

Artigos