169. O fazer sociolinguístico em tempos de pandemia:

Autores

  • ROBBIN, Daniel Abud Marques (UFMS e CPAN)
  • SILVA, Rosangela Villa da (UFMS e CPAN)

Resumo

     Apresentamos o percurso metodológico adotado em um trabalho de conclusão de curso, em que descrevemos denominações para “mulher que vive o tempo todo na igreja”, na cidade de Corumbá-MS. Utilizamos a metodologia exposta em Tarallo (1999) e Labov (2008), tendo como critérios para a seleção de informantes: gênero, faixa etária e nível de escolaridade. O corpus foi constituído a partir de questionário semântico-lexical, pois, de acordo com Coelho et al. (2018), esta é a melhor forma de captar meandros sócio-históricos-culturais das diversas regiões do Brasil. A análise foi de cunho quantitativo, aferindo-se produtividade lexical e frequência de uso pelos grupos de falantes. Além disso, analisamos acepções para essas variantes em dicionários gerais, históricos e etimológicos, verificando possíveis motivações para o uso dessas unidades lexicais. Mostramos as adequações metodológicas necessárias para a realização da pesquisa, como aplicação de questionário virtual para coleta de dados, levando-se em consideração a pandemia de COVID-19. Foi possível comprovar que a variante beata é a mais utilizada na comunidade corumbaense, na linguagem de homens e mulheres, com pouca, média ou nenhuma escolarização, e por jovens, adultos e idosos, além da eficácia da adequação da metodologia.

Palavras-chave:

Descrição semântica. Variação lexical. Sociolinguística na pandemia.

Downloads

Publicado

29-12-2020

Edição

Seção

Artigos