166. O ensino de Língua Portuguesa como língua não materna em Roraima: a inserção social do migrante sob uma perspectiva intercultural

Autores

  • CARVALHO, Rafaela Tainan Silva de (UERR)

Resumo

     O estado de Roraima faz fronteira territorial com a Venezuela, com a República Cooperativista da Guiana e, por ser um estado fronteiriço é uma das portas de entrada de imigrantes venezuelanos – haitianos e indígenas também –, que podem decidir ficar no estado ou seguir para outros estados da federação, essa migração obriga quem viaja a se sentir “estrangeiro” ocupando a posição do “outro” pelo fato de não estar em casa que para teoria cultural contemporânea caracteriza toda identidade cultural. A partir dessas migrações e, considerando que o migrante precisa aprender a língua oficial do país de imersão para ser inserido socialmente, foram apresentados neste artigo o conceito de linguagem e a relação entre a língua e a cultura e, outras discussões de cunho bibliográficas sobre os procedimentos de aquisição de língua materna, ensino/aprendizagem de língua não materna, a aprendizagem do português como língua adicional ou segunda língua e, ressaltado o conceito da expressão “língua de acolhimento”, tendo como ponto de partida o programa Portugal acolhe – Português para Todos, realizado por Cabete (2010). A discussão baseia-se na Sociolinguística Interacional que estuda como os falantes de uma língua atribuem significados por meio das interações sociais e, na Antropologia Cultural que estuda a diversidade cultural como algo natural das sociedades e não como anomalia. Esse artigo não enfatiza o multiculturalismo, mesmo que Roraima seja um estado multicultural e multilíngue, mas privilegia a interculturalidade como a melhor forma de inserção social do migrante, porque ela não sobrepõe uma cultura a outra.

Palavras-chave:

Interculturalidade. Língua. Migração.

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Publicado

29-12-2020

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Seção

Artigos