100. Desvendando sentidos à luz da Linguística da Enunciação: análise de dispersões possíveis contidas num mesmo enunciado
Resumo
Esta produção, valendo-se da Linguística da Enunciação, analisou dispersões possíveis contidas em enunciados do cotidiano de professores nos ambientes de trabalho e refletiu sobre os mecanismos linguísticos que produzem essas dispersões de sentidos. O corpus de pesquisa é composto pelas frases “A porta está aberta e Quando eu era aluno, a gente respeitava o professor”, selecionadas na internet por meio da ferramenta de busca do Google. Como embasamento teórico, utilizamos os direcionamentos de Cunha, Benveniste, Normand, Faraco e Tezza, dentre outros. Percebemos, como resultados, que os textos são produtos da enunciação e suas marcas enunciativas, conjuntamente com os elementos linguísticos, ajudam-nos na tarefa de decodificá-los; concluímos que um linguista da enunciação não visualiza o enunciado como um pensamento acabado e que, em uma análise enunciativa, devemos ultrapassar a concepção de linguagem apenas como expressão do pensamento humano, vislumbrando-a no seu sentido complexo.