24. A leitura na/além da escola: práticas de significação da realidade

Resumo

     A leitura e a escrita são essenciais ao desenvolvimento humano. A primeira, consideramos uma prática intrínseca ao sujeito, posto que podemos ler, a partir dos sons ouvidos ainda no ventre materno. A outra emerge da necessidade do homem, além de se comunicar com outros da mesma espécie, registrar e deixar para a posteridade sua memória. A priori, ambas são de responsabilidade da escola. Esse capítulo registra experiências docentes em salas de aula da Educação Básica ao Ensino Superior, as quais são reveladoras de que, mesmo escolas desenvolvendo projetos de leitura, há situações nas quais nem sempre se atinge o propósito “da participação significativa e crítica dos discentes nas diversas práticas sociais permeadas/constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens” (BRASIL/PCN, 2008; BNCC, 2018, p. 67). Partindo dessa compreensão, o capítulo apresenta uma reflexão a mais sobre a importância do ato de ler e escrever na/além da escola. Observa-se os postulados teórico-metodológicos de Antunes (2003), Cagliari (1998), Freire (1981), Geraldi (2008), Kleiman (1989), Lajolo (1993), Martins (1982) dentre outros que compreendem “a linguagem como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades” (BRASIL/BNCC, 2019, p. 65).